ALEXANDRIA (ÁGORA)
- CineScience UESC
- 21 de ago. de 2019
- 2 min de leitura

O filme foi produzido e lançado em 2009, na Espanha, e foi dirigido por Alejandro Amenábar;
“Reserve o seu direito de pensar. Mesmo pensar errado é melhor do que não pensar.”
A história gira em torno de Hipátia (Rachel Weisz), uma mulher além de seu tempo perante os olhos da igreja cristã na época em que viveu. Filósofa, matemática, professora e astrônoma, Hipátia se doava aos seus pensamentos e filosofia por completo, ignorando qualquer outra pretensão que o mundo tivesse sobre ela. Não pensava em se casar, ter filhos, ou se manter distante dos questionamentos sobre o mundo e a vida.
Tal postura pode ser hoje vista como algo aceitável, encorajado, de decisão única e exclusiva da mulher mas, para a época em que o filme se passa (391 d.C), Hipátia era nada mais, nada menos, do que uma ameaça. Nossa protagonista vê seu futuro aos poucos desmoronar à medida em que Cirilo, um bispo, propagador cristão, transmite seus ideais até que estes passam a prevalecer diante a cultura politeísta greco-romana, absorvendo as pessoas ao seu redor. Inclusive àqueles que diziam, ou demonstravam, amá-la, como seu escravo Davus e Orestes, o então prefeito de Alexandria.
Hipátia era o completo oposto daquilo que a Igreja Cristã pregava como papel da mulher em uma sociedade, sua ousadia de pensar e questionar enfurecia os homens cristãos, tal como sua fixação em descobrir se a Terra giraria ou não em torno do Sol. Bruxa, diriam, com tanto fervor a ponto de realmente acreditarem que seu simples questionar era, de fato, bruxaria.
Ao fim, restou à nossa heroína apenas duas opções:
Batismo ou morte.
Não é difícil concluir qual escolha Hipátia de Alexandria abraçou.
“Todas as formas religiosas dogmáticas são falaciosas e não devem ser aceitas por auto-respeito pessoal.”
Escrito por: Suzanne Pereyra - Estudante de Ciências Biológicas (UESC)
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