KOYAANISQATSI
- CineScience UESC
- 21 de ago. de 2019
- 2 min de leitura

O filme Koyaanisqatsi é o primeiro da trilogia dirigida por Godfrey Reggio, seguido por Powaqqasti (Vida em transformação) e Naqoyqatsi (Vida como guerra). O que faz esse documentário único é a confiança nas imagens e no som porque não existem entrevistas, depoimentos ou narrações.
Pode-se dizer que é uma tradução da frase`` uma imagem vale mais que mil palavras´´, pois é uma fusão de imagem e som que hipnotiza de uma forma que raramente acontece. A impressão é de que o diretor queria mostrar o confronto entre os processos naturais e o desenvolvimento da humanidade, contrastes e descompassos entre vida na natureza e a vida nas grandes metrópoles.
Godfrey Reggio reuniu imagens capturadas em diversos lugares dos EUA. Ele criou uma das obras mais contundentes dos anos 80 que tem talvez ainda mais aplicabilidade nos dias de hoje.
A trilha sonora de Philip Glass composta para o filme e que se tornou um sucesso lembrado até hoje é que faz a costura entre as várias imagens impressionantes sequenciais que parecem aleatórias e o observador vai percebendo no decorrer do filme e descobrindo que a linguagem falada talvez não fosse capaz de passar tanta informação quanto a visual e sonora que Reggio criou.
Explicar o filme é uma tarefa difícil, pois colocar em palavras a majestade que vemos e ouvimos é reduzir Koyaanisqatsi a algo comum e corriqueiro. Esse filme trata as imagens com inteligência e respeito. Tudo no filme tem um propósito, um contraste, uma metáfora.
O papel do filme é provocar questões que somente o observador possa responder. Um filme que mexe com a cabeça e estimula o observador a inserir suas próprias interpretações. É uma verdadeira sinfonia e das mais hipnotizantes. Para quem gosta de artes visuais/fotografia é imperdível.
Escrito por: Indnelle Meneses, estudante de Ciências Biológicas (UESC)
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