Doador de Memórias

Lançado em 2014 e dirigido por Phillip Noyce, o filme Doador de Memórias é um audiovisual de ficção científica, drama e romance. Este filme conta a história de uma pequena sociedade, que vive em um ambiente considerado por eles ideal, longe de memórias do que já aconteceu em um passado distante, essas pessoas então se tornaram incapazes de sentirem sentimentos. O filme que começa preto e branco, conforme as memórias são passadas vai ganhando cor.

São atribuídas as pessoas atividades que por eles devem ser realizados, para manutenção da comunidade em que vivem. No entanto, uma pessoa é encarregada de receber as memórias, assim poupando a comunidade do sofrimento, da dor, mas também das alegrias, do amor.

A função de doador é passado de tempos em tempos, de modo que as memórias devem ser passadas para o próximo, o escolhido começa um treinamento com o doador de memórias e passa a sentir todos os sentimentos nunca sentidos.

A comunidade é levada a acreditar que o mundo se restringe apenas aquilo que eles conhecem, ao espaço por eles ocupados, as pessoas não são permitidas a ir além das fronteiras, os mesmos são obrigados também a tomar uma injeção diária que os livra de possuírem sentimentos, mas pensam que seja para os livrar de doenças. As crianças são previamente selecionadas e as que fogem dos padrões são eliminadas, as que não, são encaminhadas para uma unidade familiar.

Durante todo filme o amor é o sentimento considerado mais perigoso, é por ele que acontecem mortes, guerras, dor e sofrimento, e a cada momento que este sentimento era trabalhado no filme era tratado como um segredo de estado e trocado por admiração e gostar.

A sociedade é composta também por Anciãos, que tem como função comandar a comunidade, a chefe dos Anciões é a Chefe Elder, ela que faz as escolhas dos jovens e de suas determinadas funções, inclusive a do recebedor, o que vai ter acesso as memórias, o que será fundamental para que ultrapasse a fronteira da memória.

O Doador de Memórias é um filme bastante crítico quanto a construção do conhecimento e da história humana, e leva a questionar até onde vai a liberdade do pensamento humano e até que ponto o homem permanece apático a questionamentos.

Por Nathiely Santos da Silva Licencianda em Ciências Biológicas-UESC