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PONTO DE MUTAÇÃO

  • Foto do escritor: CineScience UESC
    CineScience UESC
  • 16 de mar. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 21 de ago. de 2019




PONTO DE MUTAÇÃO

O filme gira em torno de três pessoas conversando ardentemente enquanto caminham pela mente e pelo o Mont Saint Michel, na França: o poeta na crise de meia idade, o político sem discurso próprio e a cientista que foge da realidade. Baseado no livro de Fritjof Capra e dirigido por seu irmão, Bernt Capra, “Ponto de Mutação” te leva a pensar em conceitos que regem tanto a ciência, quanto a nossa vida, desde o modelo cartesiano (condenado pela cientista) até o pensamento sistêmico, com metáforas transbordando pela tela. Apenas pelas suas profissões já podemos imaginar que os protagonistas pensam de maneiras muito distintas, e ainda por cima disso, os três são americanos, mas pertencem a círculos completamente diferentes. Cada um tem uma percepção sobre o mundo e a partir do momento em que começam a discutir sobre os problemas deste, o espectador se sente em uma montanha russa de opiniões.

“A dinâmica evolutiva básica não é a adaptação, é a criatividade.”


Mont Saint Michel - by Remy (@remydc.photo)

Uma coisa muito interessante acontece nessas discussões, algo que não estamos acostumados ultimamente... Os três personagens são abertos a novas ideias! Não é incrível? Podemos ver pela maneira como se portam diante de argumentos, que os protagonistas não são pessoas que simplesmente assumem que estão certas. Imagine só! É isso que torna a conversa e o filme tão brilhantes. Nenhum deles vira as costas diante de um argumento (nem insulta o outro no facebook). A ciência, assim como a inovação, é essencial na resolução de problemas globais, como a superpopulação, as guerras, o aquecimento global, a poluição dos mares... Isso pra citar alguns. Mas ficam as interrogações: Como é que ainda não resolvemos esses problemas, se já temos tecnologia até mesmo para ir ao espaço? Será que por que nossa visão reducionista vê os problemas como separados entre si, da mesma forma que a medicina ocidental desseca o corpo humano, vendo-o como pedacinhos individuais, ao invés de um sistema único, conectado? Esses são alguns dos questionamentos trazidos pela cientista. Fritjof Capra trás esses questionamentos com o objetivo principal de semear uma nova visão da realidade: o pensamento sistêmico, em oposição ao pensamento mecanista.


Kindling.xyz

“Se as portas da percepção se abrissem, tudo apareceria como é.” – William Blake





O Brasil é citado no filme, a cientista argumenta citando a grande devastação causada pelo desmatamento e como as árvores são vistas como solução imediatista para a grande demanda de madeira (mais tarde ela volta a falar das árvores, porém como um sistema) e menciona o pensamento dos índios americanos, que tomavam decisões tendo em mente o impacto que causaria nas próximas gerações.


"Vivemos hoje num mundo globalmente interligado, no qual os fenômenos biológicos, psicológicos, sociais e ambientais são todos interdependentes. Para descrever esse mundo apropriadamente, necessitamos de uma perspectiva ecológica que a visão de mundo cartesiana não nos oferece. " - Fritjof Capra

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Escrito por: Adriana Laís (Miya) - Estudante de Ciências Biológicas (UESC)

 
 
 

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